Todas as obras foram produzidas com materiais biodegradáveis. Intervenção foi realizada na altura do quilômetro 48 da Rodovia Castello Branco, em Araçariguama (SP).
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“A arte pública pode ter um papel de transformação. Não só do ambiente público onde ela está, trazendo alívio, respiro e conteúdo a lugares degradados através da arte, mas também essa metanoia [mudança de pensamento], para que as pessoas possam transformar a forma que realmente veem o planeta e repensar a nossa responsabilidade em todos os aspectos”.
Ao g1, o artista falou sobre o propósito do trabalho e a relevância da pauta ambiental.
Depois de anos realizando diversas obras em murais públicos, grandes empresas, hospitais e até para as Olimpíadas, Kobra chegou a uma conclusão: o trabalho vai muito além da pintura, ainda mais quando diz respeito às causas sociais.
“Hoje, eu considero a pintura como algo secundário, embora eu também me dedique muito a esse aspecto. Mas o mais importante é o significado, a importância, a relevância, a motivação, o propósito”, pontua.
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O artista compartilha que desenvolve diferentes temáticas em seu trabalho, e que as queimadas o deixaram bastante reflexivo. Para ele, “algo tão comovente e tão complexo assim, precisa ter algum tipo de combate.”
“Tantas vidas, o clima, o habitat, a natureza, o ser humano. Tudo sofre por conta desse problema terrível que são os incêndios, que muitas vezes ocorrem de forma natural mas, infelizmente, também de maneira criminosa.”
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Com essa filosofia, o artista desenvolvou painéis com imagens de animais nativos – como a onça-pintada sendo resgatada por um bombeiro, anta e tamanduá. As obras foram expostas em uma área de mata, localizada na altura do km 48 da Rodovia Castello Branco (SP-280).
Intervenção consciente
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Kobra utlizou na intervenção artistíca recursos e materiais biodegradáveis. Ele explica que este é um fator que impacta tanto no ecossistema quanto no bem-estar físico.
“Venho há muito tempo trabalhando com novas tecnologias, estudando a melhor maneira de ocupar os espaços urbanos com diferentes técnicas, e eu sou sempre muito conectado e ligado às questões ambientais, então passei a pesquisar materiais que não poluem o meio ambiente, que são facilmente absorvidos pela natureza e que também não trazem risco à saúde”, conta.
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O pintor ainda revela que, por um descuido no início da carreira, acabou desenvolvendo uma certa intoxicação por materiais pesados ao longo dos anos, o que influencia bastante em suas preferências atuais.
“Ações como essa me motivam ainda mais a seguir essa pesquisa, encontrar sempre os melhores suportes e a melhor forma de fazer essas intervenções sem causar nenhum dano ao meio ambiente.”
Fonte: Thamires Victória*, g1 Sorocaba e Jundiaí – 20/10/2024