Por meio do Programa Saúde na Escola, da Prefeitura de Belém, a vacinação contra a Covid-19, HPV, febre amarela, gripe, entre outras, foi realizada ontem em duas unidades de educação municipal
“Eu sou muito corajosa, não tenho medo de agulha. A vacina não traz o vírus pra gente”. Com essa disposição, Davila Silva Farias, de 8 anos, estudante do 3º ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental Solerno Moreira, no bairro da Terra Firme, estava esperando a vez dela para tomar a vacina contra a Covid-19. O imunizante estava sendo oferecido na escola, na manhã de ontem, 29, através do Programa Saúde na Escola (PSE), da Prefeitura de Belém.
O programa é realizado em uma parceria entre a Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia (Semec) e a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma). As unidades de educação municipal entram em contato com a Unidade Básica de Saúde do seu respectivo bairro, requerendo a ação para os estudantes, e a vacinação é levada para a escola.
O Saúde na Escola abrange uma ampla gama de temas e práticas, como alimentação saudável, prevenção de doenças, promoção da cultura da paz, prevenção de violência, atenção à saúde bucal, mental e sexual, entre outros.
Ontem, a Unidade de Educação Infantil (UEI) Santo Agostinho e a EMEF Solerno Moreira, ambas na Terra Firme, receberam a equipe do PSE. Na unidade infantil foram oferecidas 200 doses de vacinas e uma palestra para os pais sobre a importância da alimentação saudável.
No levantamento feito pela equipe de saúde da UMS da Terra Firme na UEI Santo Agostinho, na semana que antecedeu a ação, foi constatado que das 180 crianças matriculadas na unidade, apenas 4 estavam com a carteira de vacinação em dia.
Para a coordenadora da UEI, Ana Cláudia da Silva Magalhães, essa vacinação visa corrigir a carteira de vacinação dos estudantes e vai ajudar muito na educação das crianças.
“É de suma importância, pois faz parte do nosso trabalho na educação infantil o cuidar e o educar. É garantir o direito à criança de ter não só uma educação de qualidade, mas um atendimento integral para garantir o direito à saúde. Dessa forma, o índice de faltas é muito pequeno, pois criança vacinada é criança protegida, é criança feliz”.
A ação também foi a oportunidade das irmãs Maria Alice, 3 anos, e Ayla Maria, de 5 anos, estudantes da UEI Santo Agostinho, aproveitarem para regularizar a carteira de vacinação. As duas chegaram na escola acompanhadas da mãe, Adriana Torres, e do pai, Weliton Pereira. “Elas acordaram bem cedo e sabiam que iam tomar vacina na escola. Nós aproveitamos, porque nem toda vez tem no posto, aqui foi rápido e fácil”, disse Adriana.
Já na escola Solerno Moreira, que oferece turmas do 1º ao 5º ano e mais a Educação de Jovens, Adultos e Idosos (EJAI) da 2ª e 3ª Totalidades, atendendo 480 estudantes, foi verificado que apenas 10 alunos estavam regular com a carteira de vacina.
Na escola foram oferecidas 400 vacinas no total. Para não ter problemas na hora da imunização, durante o levantamento feito pelos técnicos da UMS, também foi verificado quais vacinas não foram tomadas pelos estudantes. Isso serviu para que, no dia da ação, fosse oferecida a quantidade e a modalidade certa de vacinas.
Outro ponto importante do programa é que os profissionais da educação lotados na escola onde acontece a ação também podem tomar a vacina.
A coordenadora pedagógica da escola Solerno Moreira, Ângela Nascimento, aproveitou o programa e tomou as vacinas contra Covid-19 e Influenza. Ela sempre fala para os alunos que vacina é vida. “A gente tem que servir de exemplo para as crianças. Temos também de se precaver. A vacina é vida, hoje (ontem) mesmo eu falei para eles que se não tivéssemos a vacina da Covid-19, até agora estaríamos trancados em casa”, disse a coordenadora.
Serviço
- As vacinas oferecidas foram para Covid-19, HPV, febre amarela, Tríplice Viral, Tetra Viral, Penta, Meningocócica, Varicela, gripe, DTP e VIP.
- Nesta sexta-feira, 30, a Escola Municipal de Ensino Fundamental Antônio de Carvalho Brasil, que fica na Alcindo Cacela, bairro da Condor, também vai oferecer aos alunos o PSE. A ação faz parte da programação de ação social e cultural que a escola desenvolverá com a comunidade.
Fonte: Diário do Pará – 30/05/2025
