quarta-feira, julho 2, 2025
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Humanos podem pegar febre aftosa? Entenda como quadro de filha de Tays Reis pode servir de alerta para doenças infantis

Quadro é muito raro em humanos e depende do contato com animais infectados. Já a síndrome mão-pé-boca é comum e muito infecciosa, e pode causar sintomas semelhantes.

Um quadro comum em doenças infantis gerou preocupação na cantora Tays Reis no início desta semana. Em um vídeo postado nas redes sociais, a artista afirmou inicialmente que sua filha havia sido diagnosticada com febre aftosa após dias com sintomas como manchas nas mãos e feridas na boca.

No relato, a cantora se mostrou confusa com o diagnóstico.

“Eu nunca vi isso na minha vida. O médico falou que a Pietra pegou febre aftosa, só que febre aftosa é o que dá em animais. Existe a gripe aftosa que dá em crianças. Então o médico está certo ou errado? Agora fiquei confusa, gente”, contou.

Segundo especialistas ouvidos pelo g1, o quadro de febre aftosa é muito raro em humanos e, quando ocorre, causa apenas sintomas muito leves.

Julio Croda, médico infectologista da Fiocruz, explica que a contração da doença por humanos é possível, mas necessita de contato íntimo com animais.

“Não é uma infecção comum em humanos. E uma criança dificilmente teria esse contato com secreção de animais contaminados. É preciso uma convivência, principalmente com bovinos”, analisa Croda.

O médico avalia que muito provavelmente houve algum ruído na comunicação do diagnóstico e que muito provavelmente se trata de um caso da síndrome mão-pé-boca, doença infecciosa comum na infância e que apresenta os mesmos sintomas apresentados por Pietra.

A cantora também afirmou que, há alguns dias, a escola da criança teria emitido um alerta sobre a síndrome. Algumas horas depois do primeiro vídeo, atualizou o relato dizendo que o quadro, na verdade, se tratava do mão-pé-boca.

“Nós temos um surto de mão-pé-boca aqui no Brasil. É uma doença que causa manchas avermelhadas nas mãos e nos pés e aftas na boca”, comenta o infectologista.

Febre aftosa

febre aftosa é uma doença infecciosa causada por um vírus da família Picornaviridae. Atualmente, existem seis sorotipos diferentes no mundo: A, O, SAT1, SAT2, SAT3 e Asia1.

doença atinge animais, principalmente bovinos, búfalos, caprinos, ovinos e suínos e causa febre, além do aparecimento de aftas na boca.

➡️Em maio, o Brasil foi reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) como livre de febre aftosa sem vacinação pela primeira vez.

Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária, entre as principais fontes de transmissão do vírus estão:

  • Contato direto entre animais (em período de incubação e clinicamente acometidos), aerossóis e suas secreções e excreções, sangue e sêmen;
  • Água, alimentos, fômites, trânsito de pessoas, equipamentos, materiais, veículos, vestuários, produtos, alimentos de origem animal;
  • Ar expirado, saliva, fezes e urina, leite e sêmen;
  • Carne e produtos derivados;
  • Pelo vento, mas somente em condições especiais (temperatura, umidade, pressão).

Em humanos, os casos são muito raros e, portanto, a doença não representa risco à saúde pública.

Julio Croda explica que, em humanos, a doença é muito limitada e tende a causar quadros leves de febre e algumas aftas.

Síndrome mão-pé-boca

Diferentemente da febre aftosa, que é bastante rara, a síndrome mão-pé-boca é uma doença comum em crianças. É causada pelo vírus Coxsackie , que normalmente vive no sistema digestivo.

Segundo o Ministério da Saúde, o quadro é mais frequente na infância, em bebês que ainda estão em fase de amamentação e crianças menores de cinco anos.

A transmissão acontece de pessoa a pessoa, direta ou indiretamente, por meio das fezes e secreções respiratórias.

👉Entre os sintomas mais comuns estão:

  • Febre
  • Manchas vermelhas nas mãos e pés erupções
  • Feridas na mucosa oral e ao redor da boca
  • Em alguns casos, bolas amplamente distribuídas pelo corpo

Em ambientes de convivência em que houver um caso suspeito, o ministério recomenda a limpeza e desinfecção das superfícies, além da higienização das mãos e de itens compartilhados.

Fonte: Redação g1 – 01/07/2025 

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