Poeta ajudou a projetar a música brasileira no mundo; ‘Garota de Ipanema’, claro, lidera ranking de execuções, segundo levantamento do Ecad..
A morte de Vinicius de Moraes completou 45 anos na quarta-feira (9). Conhecido como “poetinha”, ele cantou as belezas do Rio de Janeiro e ajudou a levar a música brasileira para o mundo. Um levantamento especial do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad) mostra a força da obra de Vinicius: são 709 composições e 527 gravações cadastradas na base de dados.
A pesquisa revela quais são as músicas mais executadas em rádios, shows, sonorização ambiental, festas e apresentações ao vivo.
Sem surpresa, “Garota de Ipanema”, parceria com Tom Jobim, lidera o ranking (veja abaixo). A canção, símbolo da Bossa Nova, tem versões nas vozes de grandes nomes como Frank Sinatra, Ella Fitzgerald, Cher e Amy Winehouse.
A contagem leva em consideração as vezes que músicas do artista foram tocadas em rádios, shows, sonorização ambiental, música ao vivo e em casas de festas, por exemplo.
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Vinicius e o Rio de Janeiro
Vinicius também está eternizado no Rio de Janeiro, cidade que marcou sua trajetória artística e pessoal. Dois dias após sua morte, em 1980, a antiga Rua Montenegro, em Ipanema, passou a se chamar Rua Vinicius de Moraes, por decreto da prefeitura.
Um ano antes, em 1979, a Praça do Arpoador havia recebido o nome de Praça Garota de Ipanema, em homenagem à famosa canção.
Apesar de ser muito associado a Ipanema, Vinicius nasceu em outro bairro da Zona Sul. Ele veio ao mundo na Rua Lopes Quintas, no Jardim Botânico, em 1913.
Durante a adolescência, entrou para o coral da igreja do Colégio Santo Inácio, em Botafogo, onde começou a compor suas primeiras músicas.
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O jovem Vinicius cursou Direito, mas nunca exerceu a profissão. No ano em que se formou, aos 20 anos, lançou seu primeiro livro de poesias, “O Caminho para a Distância” — início de uma carreira literária e musical que não pararia mais.
Além de Tom Jobim, o poetinha formou parcerias marcantes com Toquinho, Baden Powell e Hermano Silva, entre outros.
Mesmo 45 anos após a morte, a obra de Vinicius segue sendo discutida e reproduzida em gravações e leituras sobre as características do trabalho deixado por ele.
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Fonte: Cristina Boeckel, g1 Rio – 12/07/2025