Conhecido por estar à frente da Confederação Brasileira de Futebol entre 2012 e 2015, Marin também foi governador de São Paulo nas décadas de 60 e 70.
Uma figura controversa. Esta é a forma pela qual muito descrever a figura de José Maria Marin, ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol e ex-governador de São Paulo.
O cartola e político conhecido por polêmicas na carreira morreu na madrugada deste domingo (20) em São Paulo, aos 93 anos. O dirigente estava internado no Hospital Sírio-Libanês na capital paulista, mas a causa da morte não foi divulgada pela família. O velório está previsto para acontecer nesta tarde em São Paulo.
Formado em Direito, iniciou sua vida pública como vereador e deputado estadual por São Paulo nas décadas de 1960 e 1970, período marcante da história política nacional.
Durante os anos 1980, ocupou o cargo de vice-governador de Paulo Maluf e chegou a assumir interinamente o governo paulista em 1982, quando Maluf se afastou para disputar eleições.
Vale lembrar que naquele período, durante a ditadura militar, os governadores eram escolhidos indiretamente por parlamentares alinhados ao regime.
Ascensão no futebol brasileiro
Paralelamente à carreira política, Marin construiu sua influência no futebol brasileiro. Entre 1982 e 1988, presidiu a Federação Paulista de Futebol, período em que também chefiou a delegação brasileira na Copa do Mundo de 1986, realizada no México.
O auge de sua carreira esportiva veio com a presidência da CBF, cargo que ocupou entre 2012 e 2015, assumindo após a renúncia de Ricardo Teixeira. Durante sua gestão, inaugurou em 2014 a nova sede da CBF no Rio de Janeiro, no bairro da Barra da Tijuca, batizando o prédio com seu próprio nome na fachada.
Envolvimento em escândalos internacionais
A trajetória de Marin tomou rumos dramáticos em 2015, quando foi preso na Suíça em uma operação coordenada pelo FBI como parte das investigações de corrupção na FIFA.
O caso, que abalou o futebol mundial, levou o dirigente aos Estados Unidos, onde foi julgado e condenado à prisão. Marin permaneceu detido até 2020, quando foi libertado durante a pandemia de COVID-19 e retornou ao Brasil.
Em 2023, sua saúde foi abalada por um acidente vascular cerebral (AVC) em São Paulo, episódio que marcou seus últimos anos de vida.
Fonte: Tarik Duarte, CNN Brasil – 20/07/2025