domingo, agosto 24, 2025
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Cartunista Jaguar morre aos 93 anos

A informação foi confirmada por familiares de Jaguar. Ele estava internado no hospital Copa D’or com uma infecção respiratória, que evoluiu com complicações renais.

O cartunista Sérgio de Magalhães Gomes Jaguaribe, de 93 anos, o Jaguar, morreu neste domingo (24) no Rio de Janeiro. A informação foi confirmada por familiares de Jaguar à TV Globo.

O cartunista estava internado no hospital Copa D’or, com infecção respiratória, que evoluiu com complicações renais. Ainda segundo a unidade de saúde, nos últimos dias, ele estava sob cuidados paliativos.

Jaguar foi um dos criadores do jornal satírico O Pasquim, em 1969, com conteúdo ácido e crítico à ditadura militar vigente no Brasil.

Cartunista Jaguar — Foto: Reprodução
Cartunista Jaguar — Foto: Reprodução

Na TV Globo, Jaguar fez animações para as vinhetas do Plim Plim, que marcaram época na TV brasileira.

Ele começou a carreira desenhando na revista Manchete em 1952, aos 20 anos.

Além de criar o Pasquim, Jaguar também contribuiu com diversos jornais e revistas: Senhor, Civilização Brasileira, Pif-Paf e Tribuna da Imprensa, além de ter trabalhado com nomes como Ziraldo, Millôr Fernandes, Henfil e outros mestres das artes gráficas.

Jaguar ainda lançou livros como “Átila, você é Bárbaro” e “Ipanema, se não me falha a memória”.

Não foram divulgadas informações sobre o velório e enterro de Jaguar até a última atualização desta reportagem.

Cartunista Jaguar, em foto de 2018 — Foto: g1 Rio
Cartunista Jaguar, em foto de 2018 — Foto: g1 Rio

Repercussão

O cartunista Chico Caruso, em entrevista à GloboNews, elegeu Jaguar como o “melhor cartunista brasileiro” e disse que o visitou no hospital poucos dias antes de morrer.

“Ele era o melhor cartunista brasileiro, meu amigo querido e é uma perda irreparável para o humor e para o Brasil”, afirmou Caruso.

O cartunista ainda falou sobre sua relação com o colega. “Era o melhor dos amigos possíveis que se podia ter, e um profissional fantástico”.

“Millôr Fernandes era grande, Ziraldo era grande, mas só ele era o Jaguar”. Inigualável, inestimável, inimitável Jaguar’ , Chico Caruso

O cartunista Aroeira chamou Jaguar de mestre, professor, amigo e inspiração, lamentando sua morte:

“Jaguar foi mestre, professor, amigo, inspiração, gênio, um dos maiores chargistas que eu já vi no planeta como um todo. Incansável, trabalhou até o último minuto, sempre absolutamente crítico, sempre feroz, sempre amado por gerações e gerações seguidas de cartunistas”

O cartunista Miguel Paiva também falou de sua admiração por Jaguar e seu estilo:

“Eu queria desenhar como ele, mas nunca consegui”

Relembrando histórias

Em 2014, durante a 12ª Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), na mesa “Millormaníacos”, Jaguar provocou gargalhadas na plateia ao recordar seu convívio com o homenageado Millôr Fernandes, citando episódios que envolvia uma cusparada que certa vez o amigo tomou de Chico Buarque, seu então desafeto, num bar.

“O Millôr jogou tudo que tinha na mesa em cima do Chico, errou e acertou no garçom”, contou, entre risos na época.

Fonte: TV Globo e g1 Rio – 24/08/2025 

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