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‘Cachaça, cerveja, cesta básica, tudo eu mando’: como empresário fantasma recrutava moradores de rua como laranjas

Empresário preso no RJ usava identidades falsas e prometia favores a pessoas em situação de rua para abrir empresas fantasmas, segundo a PF.

Um esquema de estelionato que movimentou mais de R$ 2 bilhões em 25 anos usava até moradores de rua como laranjas para abrir empresas de fachada. Segundo a Polícia Federal, o responsável é Jobson Antunes Ferreira, de 63 anos, apontado como chefe de uma das maiores organizações criminosas de fraude bancária do país.

Com dezenas de identidades falsas, Jobson acumulava pelo menos 334 empresas fantasmas registradas em seu nome ou no de terceiros. Para dar aparência de legalidade aos negócios, ele recrutava pessoas humildes em troca de favores.

Em uma das gravações obtidas pela PF, o empresário detalha como atraía laranjas. “É Deus no céu e eu na Terra. Porque tão muito f…, coitados. A gente ajuda, eu pago dentadura, extração de dente. Cachaça, cerveja, cesta básica, tudo eu mando.”, disse.

Os investigadores afirmam que muitos desses laranjas eram pessoas em situação de rua. Outros recebiam apenas uma quantia inicial e depois ficavam sem retorno. “Logo no começo me deram R$ 1 mil. Até hoje, já vai fazer três meses”, reclamou um deles em áudio.

LEIA TAMBÉM: Rei dos empréstimos: empresário fantasma abriu 334 empresas que só existem no papel e recrutava ‘laranjas’ entre moradores de rua

Jobson também usava gerentes e contadores para sustentar a rede de empresas fictícias. Em troca, oferecia propinas que variavam de dinheiro a presentes.

“O ideal é dinheiro, mas às vezes começa com uísque, depois um celular…”, dizia em outro trecho.

Segundo a PF, os empréstimos obtidos de forma fraudulenta eram pagos parcialmente, para simular legalidade, e depois abandonados. O prejuízo ficava com as instituições financeiras.

Na última quinta-feira (22), Jobson foi novamente preso com a esposa, Cláudia Márcia, em um condomínio de luxo em Niterói (RJ). A polícia afirma que o imóvel foi comprado com dinheiro dos golpes.

Eles vão responder por estelionato qualificado, organização criminosa, lavagem de dinheiro e financiamento fraudulento.

Em nota, o advogado Jair Pilonetto, que defende o casal, disse que os dois “não cometeram os crimes imputados” e que a inocência será provada no decorrer do processo.

A Febraban afirmou repudiar o envolvimento de funcionários de bancos em esquemas criminosos e disse que promove treinamentos periódicos para identificar e reportar transações suspeitas.

Fonte: Redação g1, Fantástico – 25/08/2025

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