País já era o maior exportador. É a primeira vez que a pecuária brasileira assume liderança desde 2021 nas estatísticas do USDA.
O Brasil se tornou o maior produtor de carne bovina do mundo em 2025, superando os Estados Unidos, segundo dados do Departamento de Agricultura norte-americano (USDA).
Conforme relatório publicado na última terça-feira (9), o Brasil produziu 12,35 milhões de toneladas, enquanto os EUA obtiveram 11,81 milhões de toneladas, considerando o peso do animal morto. O USDA não informou até qual mês foi feito o levantamento.
O documento divulgado traz dados de produção desde 2021. Dentro deste período, o Brasil nunca superou os EUA, mesmo sendo o maior exportador de carne bovina do mundo.
O número divulgado pelo governo dos EUA supera a projeção mais recente para 2025 feita pelo governo brasileiro, que já era mais alta em relação ao ano anterior. Em novembro, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estimou que o Brasil produzirá 11,38 milhões de toneladas de carne bovina neste ano.
O USDA também informou as projeções para 2026, e apontou que o volume do Brasil deverá diminuir no ano que vem, equalizando a produção do país com a dos EUA. Pelo departamento, o Brasil deverá fornecer 11,7 milhões de toneladas e os EUA, 11,71 milhões de toneladas.

Em setembro, o país bateu recorde nas vendas internacionais para um único mês, superando a melhor marca anterior, registrada em julho deste ano, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
O resultado veio mesmo após os Estados Unidos aplicarem tarifas contra o Brasil em agosto. Segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), o aumento ocorreu porque os embarques se diversificaram, incluindo destinos como o México.
O tarifaço foi suspenso para carne, entre outros alimentos, em novembro.
EUA com menos gado no pasto
Os estoques de gado dos EUA em janeiro caíram para o nível mais baixo em quase 75 anos, após os fazendeiros reduzirem seus rebanhos devido a uma seca de anos que queimou as terras de pastagem e aumentou os custos de alimentação.
O fornecimento ficou ainda mais restrito porque os EUA suspenderam, desde maio, a maioria das importações de gado mexicano em meio a preocupações com a disseminação para o norte da bicheira-do-Novo-Mundo, uma praga carnívora que infesta o gado.
A baixa oferta obrigou os frigoríficos a pagar mais pelo gado destinado à produção de hambúrgueres e bifes.
Na última sexta-feira (12), a JBS informou que vai fechar de forma permanente uma fábrica nos arredores de Los Angeles, responsável por preparar carne bovina para venda em supermercados dos Estados Unidos.
O frigorífico rival Tyson Foods também anunciou o fechamento, em janeiro, de uma importante fábrica de abate de gado em Nebraska, que emprega cerca de 3.200 pessoas.
Fonte: Redação g1 – 16/12/2025


