terça-feira, setembro 16, 2025
InícioSAÚDECasos aumentam, mas Brasil têm em 2023 a menor mortalidade por Aids...

Casos aumentam, mas Brasil têm em 2023 a menor mortalidade por Aids da série histórica

Em 2023, foram registrados 38 mil casos de Aids no país e a região Norte registrou a maior taxa de detecção do país. Mas apesar deste aumento, a taxa de mortalidade por Aids foi de 3,9 óbitos por 100 mil habitantes, a menor desde 2013.

O Brasil registrou a menor mortalidade por Aids da série histórica, segundo levantamento do Ministério da Saúde. Em 2023, houve um aumento de 4,5% nos casos de HIV em comparação a 2022, por conta do aumento da capacidade de diagnóstico. Mas apesar do aumento da detecção de casos, a taxa de mortalidade por Aids foi de 3,9 óbitos por 100 mil habitantes, a menor desde 2013.

Em 2023, foram registrados 38 mil casos de Aids. A região Norte registrou a maior taxa de detecção do país, com 26%, seguida pela região Sul, com 25%.

No ranking de casos, Boa Vista-RR, Manaus-AM e Porto Alegre-RS, apresentam taxas de detecção de 50,4%, 48,3% e 47,7%, respectivamente.

Pessoas do sexo masculino foram responsáveis por cerca de 27 mil dos casos registrados.

A faixa etária com maioria dos casos de Aids é a de 25 a 29 anos de idade, com 34%, seguida da de 30 a 34 anos, com 32,5%.

Em maio deste ano, o SUS iniciou a distribuição de 4 milhões de testes rápidos DUO HIV/sífilis. Essa nova tecnologia permite a detecção simultânea das duas infecções com uma única gota de sangue, ampliando a cobertura de testagem precoce no pré-natal e facilitando o acesso ao tratamento oportuno.

A Profilaxia Pré-Exposição, mais conhecida pela sigla PrEP, é um dos métodos de prevenção à infecção pelo HIV que vem ganhando cada vez mais adeptos no Brasil. Disponível no SUS desde 2017, o comprimido diário garante proteção de até 99% contra o vírus. Saiba como funciona a PrEP.

O pediatra infectologista Renato Kfouri explica que o teste rápido de gota, que testa também a sífilis, aumentou o número de diagnósticos. Além disso, a oferta de PreP somente para quem é HIV negativo fez com que aumentasse também o número de testados. Com isso, houve o reconhecimento de mais casos de HIV que estavam represados.

“A gente tem aí a oportunidade de aumento de diagnóstico. Não está aumentando epidemiologicamente, mas está aumentando o reconhecimento. Dessa forma, a gente reconhece mais gente em fase precoce e oferta mais tratamento com mais qualidade, antes de desenvolver doenças. Isso aumenta o número de casos, mas aumenta o diagnóstico mais precoce e, portanto, há menos mortalidade”, declara Kfouri.

Entenda o HIV

O HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) invade e enfraquece o sistema imunológico, que protege o corpo contra doenças. O vírus atinge principalmente os chamados linfócitos T CD4+. Ele modifica o DNA dessas células e se replica. Após se multiplicar, o HIV destrói os linfócitos e continua a infecção em novas células.

Por isso, caso não haja tratamento, ele pode causar a Aids (termo para Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, em inglês).

Pessoas que vivem com HIV/Aids (PVHA) com carga viral indetectável, ou seja, uma baixa quantidade de cópias do vírus, não têm risco de transmitir o HIV por via sexual e podem viver uma vida normal.

Já quem vive com HIV/Aids e não está em tratamento ou possui carga viral detectável pode transmitir o vírus a outras pessoas.

Como ocorre a transmissão

A transmissão pode ocorrer por meio de:

  • Relações sexuais sem proteção;
  • Compartilhamento de seringas contaminadas;
  • De mãe para filho durante a gravidez e a amamentação, caso não sejam adotadas as medidas; preventivas necessárias;

Quais são as formas de prevenção?

A maneira mais eficaz de prevenir o HIV é a prevenção combinada, que utiliza várias abordagens simultâneas para atender diferentes necessidades e formas de transmissão. Entre as estratégias de prevenção contra o HIV disponíveis no SUS, segundo o Ministério da Saúde, estão:

  • Preservativos (camisinha)
  • Profilaxia pré-exposição (PrEP diária e sob demanda): uso de comprimido até duas horas antes da relação, o que permite ao organismo estar preparado para enfrentar um possível contato com o HIV.
  • Profilaxia pós-exposição (PEP): uso de comprimido até 72 horas após a relação em caso de ter havio sexo desprotegido ou o uso compartilhado de seringas

Números do HIV no Brasil

Atualmente no Brasil, há 837.321 pessoas em tratamento contra o HIV, com 95% delas apresentando supressão viral. Desse total, 558.616 são do sexo masculino e 278.705 são do sexo feminino.

Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil está comprometido com a eliminação das infecções transmitidas verticalmente como problemas de saúde até 2030, conforme as metas estabelecidas pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

A eliminação da transmissão vertical da sífilis é uma prioridade nacional, segundo o Ministério da Saúde. Em fevereiro de 2024, foi instituído o Programa Brasil Saudável, que, além da AIDS, visa eliminar também a transmissão vertical de HIV.

Fonte: redação g1 – 12/12/2024 

COMPARTILHE

Saronita Miranda quaresma dd Almeida on Concurso Nacional Unificado abre 508 vagas para nível médio

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

POSTS RELACIONADOS
- Publicidade -
Cigana das 7

Mais Populares