Uma das vítimas era um paciente idoso que seria removido para Boa Vista; o outro o acompanhava. Piloto, auxiliar e técnico em enfermagem que estavam no helicóptero foram resgatados pela FAB.
Dois indígenas morreram em uma queda de helicóptero na tarde dessa segunda-feira (7), em Roraima. A informação foi divulgada pelo empresário Renildo Lima, dono da Voare, empresa privada de táxi aéreo que presta serviço ao Ministério da Saúde. Ao todo, cinco pessoas estavam a bordo.
O g1 apurou que um dos indígenas era um idoso que estava doente e seria removido da comunidade Arathau para Boa Vista, enquanto o outro o acompanhava. O helicóptero caiu logo a após a decolagem e pegou pegou fogo. Um indígena da comunidade em que as duas vítimas moravam viu o acidente e caminhou por três horas em busca de ajuda.
A Rede Amazônica apurou que estavam no helicóptero o piloto, um funcionário de apoio da Voare, um técnico em enfermagem do Ministério da Saúde e os dois indígenas que morreram.
Procurados, o Ministério da Saúde e a FAB não enviaram resposta até a última atualização da reportagem.
O helicóptero era um Esquilo B2, prefixo PP-IVO. Ao g1, Renildo Lima informou que na hora da queda o piloto ainda conseguiu desviar para não cair em cima da comunidade Arathau, mas caiu na floresta. Os três sobreviventes foram removidos do local pela equipe de Salvamento da Força Aérea Brasileira (FAB). Eles foram levados ao posto de Surucucu, onde recebem atendimento médico de devem ser transferidos para Boa Vista.
A Voare informou que vai registrar um boletim de ocorrência na Polícia Civil para que os corpos passem por perícia. “A aeronave teve uma pane na decolagem e caiu”, disse Renildo.
“Realmente eram cinco pessoas e infelizmente duas morreram [dois indígenas]. O resto das pessoas já foram resgatadas pela FAB e estão em Surucucu recebendo atendimento”, disse Renildo Lima ao g1.
O acidente foi numa comunidade na região do Parima, quando o helicóptero fazia a remoção de um paciente. “A tragédia não foi maior porque o comandante [piloto] conseguiu tirar e desviou a aldeia”, detalhou o empresário.
De acordo com o empresário, um adolescente indígena, de 15 anos, viu o acidente acontecer e correu para buscar ajuda. A região é de difícil.
“Ele caminhou por mais de três horas mata adentro até chegar no posto do Parima, onde falou sobre o acidente”, afirmou.
Ainda na noite dessa segunda uma aeronave da FAB tentou chegar ao local do acidente, mas em razão das condições meteorológicas, não concluiu a operação. As equipes retornaram na manhã desta terça-feira (8) e resgataram os sobreviventes.
A aeronave da FAB atua na tentativa de resgate saiu da região do Surucucu, a cerca de meia hora do local do acidente com o helicóptero.
Fonte: Redação g1 RR — Boa Vista – 08/07/2025