quinta-feira, junho 5, 2025
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Estudo mostra cidades brasileiras com melhor qualidade de vida; confira

Enquanto 18 das 20 cidades mais bem colocadas ficam no Sul e Sudeste — 19 das piores ficam no Norte e Nordeste.

Um ranking do instituto Imazon em parceria com outras organizações da sociedade civil elegeu as cidades brasileiras com a melhor qualidade de vida.

Se qualidade de vida tem a ver com segurança, moradia, oportunidades, o panfletista Osiel Machado acha que a qualidade de vida dele está deixando um pouco a desejar.

“Eu estou aqui em um trabalho informal, mas no geral está 50/50. A partir do momento em que a população tem uma renda melhor, o comércio desenvolve melhor e assim sucessivamente”.

Para calcular o Índice de Progresso Social, o IPS, que mede e classifica a qualidade de vida nos 5.570 municípios brasileiros, o levantamento cruzou uma série de dados e indicadores sociais.

“E o IPS, ele não quer saber a quantidade de escolas que têm num município, por exemplo, ou a quantidade de postos de saúde, de profissionais de saúde. Ele quer saber se as pessoas que estão entrando nessas escolas estão saindo com uma educação de qualidade, se as pessoas que precisam de alguma estrutura de saúde estão tendo um atendimento bacana”, diz a coordenadora do IPS Brasil, Melissa Wilm.

O índice é composto por 57 indicadores separados em três grupos principais. O primeiro, Necessidades Humanas Básicas, avalia se o brasileiro tem acesso a comida, saúde, moradia, segurança.

“Está bem complicada. Segurança, tudo. O que está mais preocupante para a gente que mora aqui dentro da região”, relata a estudante Isadora Maria da Silva.

O segundo, Fundamentos do Bem-Estar, analisa acesso à educação fundamental, vida saudável, contato com a natureza.

“Quase não tem água. Paga água para não ter. Ambiente, mesma coisa.”

No grupo Oportunidades estão respeito a direitos individuais e acesso ao ensino superior.

“Eu morei em um porão. Hoje os meus filhos estão formados, hoje a minha casa é outra”, diz a dona de casa, Nina Castro.

O resultado mostra um pequeno avanço na média brasileira em relação a 2024, quando o estudo começou. O ranking da qualidade de vida nos municípios, no entanto, escancara as desigualdades regionais.

Enquanto 18 das 20 cidades mais bem colocadas ficam no Sul e Sudeste — 19 das piores ficam no Norte e Nordeste. Gavião Peixoto, no interior de São Paulo, ficou na primeira posição da qualidade de vida, pela segunda vez. A pior colocada foi Uiramutã, em Rondônia.

Uma das principais conclusões do estudo é que a riqueza que uma cidade consegue gerar não determina, necessariamente, o seu progresso social. Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, é um exemplo disso. Tem o mesmo PIB per capita de Uberlândia, em Minas Gerais, mas em um ranking de bem-estar, que compara 48 municípios brasileiros com mais de 500 mil habitantes, enquanto a cidade do Triângulo Mineiro está lá no topo, Duque de Caxias fica quase na lanterna.

“O IPS vem também como uma ferramenta de gestão territorial. Ele serve como uma bússola, um orientador que pode ajudar sociedade civil, investidores e, principalmente, o poder público a entender essas áreas que precisam de mais atenção e, assim, tomarem melhores decisões.”

A prefeitura de Duque de Caxias disse que está empenhada em melhorar a qualidade de vida e o bem-estar da população e que está com obras em todos os distritos.

Fonte: Jornal Nacional – 29/05/2025 

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