A informação foi confirmada pelo secretário de Guerra, Pete Hegseth. Três homens que estavam a bordo da embarcação morreram.
Os Estados Unidos anunciaram que bombardearam mais um barco no Caribe, acusado pelo país de pertencer a traficantes de drogas. A informação foi confirmada pelo secretário de Guerra, Pete Hegseth, nesta quinta-feira (6).
Segundo Hegseth, três pessoas que estavam a bordo da embarcação morreram.
“Como já dissemos antes, os ataques a embarcações contra narco-terroristas continuarão até que o envenenamento do povo americano cesse”, escreveu Hegseth em uma rede social.

Este é o 18º barco atacado pelo país em pouco mais de um mês — dez no Mar do Caribe e oito no Oceano Pacífico. Até agora, segundo dados do governo americano, 69 pessoas morreram.
Na última sexta (31), a Organização das Nações Unidas (ONU) pediu que o governo do Presidente Donald Trump pare com os ataques contra embarcações suspeitas de tráfico de drogas. O alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk chamou os ataques aos barcos de “execuções extrajudiciais”.
“Esses ataques, com seu crescente custo humano, são inaceitáveis. Os Estados Unidos devem pôr fim a tais ataques e tomar todas as medidas necessárias para evitar as execuções extrajudiciais de pessoas a bordo dessas embarcações, independentemente de qualquer suposta atividade criminosa”, escreveu Tusk, em um comunicado.
Esta foi a primeira vez que a ONU se manifestou sobre as operações do governo de Donald Trump perto das costas da Venezuela e da Colômbia, iniciadas em setembro.
Os ataques compõem uma investida do governo Trump contra cartéis de drogas latino-americanos, contra os quais os EUA dizem estar em guerra. Um grande poderio militar foi deslocado para a região da América Latina e o Exército americano tem realizado esses ataques.
A operação foi ordenada pelo próprio Donald Trump ao Pentágono com a argumentação de impedir que barcos transportando drogas entrem nos Estados Unidos — embora a imprensa dos EUA tenha especulado que o real objetivo da ofensiva é derrubar o regime de Nicolás Maduro.
Dados da Organização das Nações Unidas (ONU) também enfraquecem a versão oficial das operações: o Relatório Mundial sobre Drogas de 2025, da agência da ONU para drogas e crimes, aponta que a droga que mais causa overdoses nos EUA, o fentanil, vem do México, que fica perto da costa oeste dos Estados Unidos.
O governo venezuelano denuncia uma tentativa, por parte dos EUA, de mudança de regime na Venezuela. A Colômbia também criticou publicamente os ataques a embarcações, e também os chamou de execuções extrajudiciais.
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Fonte: Redação g1 — São Paulo – 07/11/2025


