segunda-feira, setembro 15, 2025
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Filhos de Matsunaga, Nardoni e Cravinhos rejeitam sobrenome

Filhos de criminosos notórios lutam na Justiça para desvincular suas identidades dos crimes familiares, buscando reescrever suas histórias e escapar do estigma social

Em um país onde os crimes chocantes frequentemente se tornam parte da cultura popular, o peso de um sobrenome pode ser um fardo difícil de carregar. Filhos e ex-cônjuges de criminosos notórios, como Cristian Cravinhos e Elize Matsunaga, estão lutando na Justiça para desvincular suas identidades dos crimes que marcaram suas histórias familiares. Essa busca não é apenas uma questão de nome, mas uma tentativa de reescrever suas próprias histórias e escapar do estigma social que os acompanha.

Recentemente, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) autorizou um dos filhos de Cristian Cravinhos, condenado pelo assassinato dos pais de Suzane von Richthofen, a retirar o nome do pai de sua certidão de nascimento e carteira de identidade. O jovem, que já havia abandonado o sobrenome Cravinhos com autorização da Justiça do Paraná, afirmou.

“Não adianta nada não carregar o sobrenome, mas ter o nome inteiro do pai criminoso no campo da filiação.” Essa declaração revela o impacto emocional e social que carregar um sobrenome associado a crimes hediondos pode causar.

A relação do jovem com seu pai foi quase inexistente, com Cristian tendo contato apenas três vezes ao longo da vida e cortando relações antes mesmo de ser preso. A ministra Nancy Andrighi, relatora da ação no STJ, destacou a quebra dos deveres parentais, afirmando que o genitor não apenas rompeu com a mãe, mas também abandonou completamente o filho, privando-o de qualquer apoio afetivo ou material.

Daniel Cravinhos, irmão de Cristian, também optou por mudar de nome, abandonando o sobrenome da família e passando a se identificar como Daniel Andrade. Ele se casou duas vezes e, em ambas as ocasiões, aproveitou para alterar seus documentos. A busca pela nova identidade é um reflexo do desejo de se distanciar de um passado marcado por tragédias.

A história de Suzane von Richthofen, que também alterou seu nome após se casar com o médico Felipe Zecchini Diniz, é outro exemplo dessa luta por recomeço. Hoje, ela é conhecida como Suzane Louise Magnani Muniz, e carrega em seu novo sobrenome uma parte de sua avó materna e do marido. Desde que foi libertada em 2023, Suzane também se tornou mãe, o que representa uma nova fase em sua vida.

Ana Carolina Jatobá, condenada pela morte de sua enteada Isabella Nardoni, retirou o sobrenome do marido assim que saiu da prisão em 2023. Os filhos do casal seguiram o mesmo caminho, eliminando o sobrenome da certidão de nascimento. Essa mudança simboliza uma tentativa de romper com o passado e construir uma nova identidade longe do horror que a cercou.

No caso de Elize Matsunaga, que foi condenada por matar e esquartejar o ex-marido, a situação é mais complexa. Sua filha, hoje com 14 anos, vive com os avós paternos, que estão tentando anular judicialmente a maternidade de Elize e impedir qualquer vínculo da adolescente com a mãe. Elize, que já retirou o sobrenome Matsunaga de seus documentos, luta para manter o vínculo com a filha, afirmando que sempre demonstrou afeto e tem plenas condições de cuidar da menina.

Fonte: Brenda Hayashi, Metrópoles – 11/04/2025

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