segunda-feira, setembro 15, 2025
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Lídia Cruz e revezamento 4x100m livre garantem dois bronzes para a natação brasileira em Paris 2024

Brasileira fez prova incrível de recuperação nos 150m medley SM4 e o revezamento S14 mostrou consistência; Gabrielzinho ficou em quarto nos 150m medley SM3 e bateu o recorde mundial SM2.

A natação do Brasil conquistou duas medalhas de bronze na tarde deste domingo (1), na Arena La Défense, e já soma dez medalhas em quatro dias de competição, com três ouros, duas pratas e cinco bronzes. A primeira veio com Lídia Vieira da Cruz, que ganhou o bronze com uma recuperação incrível nos 150m medley SM4 feminino, prova específica para a natação paralímpica, reunindo três tipos de nado: costas, peito e livre (crawl). Mais tarde, na última prova do dia, Arthur Xavier, Gabriel Bandeira, Beatriz Carneiro e Ana Karolina Soares também foram bronze no revezamento 4x100m S14, classe para atletas com deficiência intelectual.

Lídia terminou a primeira etapa, de costas, na quinta posição, e caiu para a sexta durante o nado peito. Na virada para o nado livre, a nadadora começou então uma recuperação impressionante. Lídia pulou para a terceira posição nos últimos 50 metros garantindo sua segunda medalha nas Paralimpíadas de Paris 2024, onde já tinha ganho outro bronze no revezamento 4x50m livre (20 pontos).

– Eu vim com vontade, vim fazer o meu melhor e consegui fazer o meu melhor – disse Lídia depois da prova, na Arena La Défense: – E agora, tenho não só uma medalha no revezamento como uma medalha individual.

A nadadora fez seu melhor tempo da vida na prova, com 2min57s16. O ouro ficou com a alemã Tanja Scholz, que bateu o recorde paralímpico com o tempo de 2min51s31, e a prata foi para a russa Nataliia Butkova, que compete pelos Atletas Neutros e terminou em 2min54s68.

– Não tenho noção nenhuma de como foi a prova, a gente só tá nadando lá na hora, a gente não vê, só vê o resultado e não faz a menor ideia de como foi. Depois alguém vai me passar, mas está todo mundo falando que foi surreal. E eu tô acreditando, eu tô acreditando nisso, né? – disse ela: – Mais do que gosto de ouro, isso é diamante para mim.

No revezamento 4x100m livre S14 misto, para atletas com deficiência intelectual, o Brasil mostrou consistência durante toda a prova, na qual nunca saiu da zona de pódio. A equipe abriu com Arthur Xavier, que terminou os primeiros 100 metros em terceiro. Gabriel Bandeira foi o segundo na água, e pulou para a segunda colocação. Beatriz Borges foi a terceira brasileira na piscina, mantendo o Brasil na segunda posição. E Ana Karolina Soares encerrou o revezamento no terceiro lugar.

– Eu comecei a semana meio desanimado com os resultados, mas o revezamento sempre tem uma energia diferente. A gente chegou animado, já junto ali com os integrantes da comissão e a energia ficou lá no alto – disse Gabriel, que há dois dias não havia ficado satisfeito com seu bronze nos 100m borboleta S14, prova na qual foi ouro em Tóquio 2020.

– Eu me senti muito bem na prova. Essa é a minha terceira Paralimpíada, mas estou sentindo como se fosse a primeira – comentou Betriz.

Ana Karolina destacou a consistência da equipe.

– O Brasil sempre esteve no pódio durante a prova. São os primeiros Jogos que estamos vendo com um público tão grande e isso atrapalha às vezes, mas a gente conseguiu se fechar e segurar a ansiedade. Agora nós temos um novo integrante na equipe, o Arthur, e ele está agregando demais.

– Estou muito feliz. Eu sempre quis fazer parte dessa equipe – disse o novato do grupo, Arthur.

Recorde mundial de Gabrielzinho

Nos 150m medley masculino SM3, Gabriel Araújo terminou em quarto lugar, mas bateu o recorde mundial de sua classe, a SM2, com o tempo de 3min14s02. O ouro ficou com o alemão Josia Tim Alexsander Topf, que fez 3min00s16. Os australianos Ahmed Kelly e Grant Patterson levaram prata e bronze, com os tempos de 3min02s16 e 3min06s94, respectivamente. Gabrielzinho havia terminado em quinto, mas o espanhol Daniel Ferrer Robles foi desclassificado.

Gabrielzinho, que já ganhou dois ouros nos 50m e nos 100m costas, competiu com atletas com menor grau de comprometimento físico-motor. Ainda assim, ficou na frente de três deles.

– Essa prova me deu uma confiança a mais, e, infelizmente para os meus adversários, isso vai ser muito ruim. Dá para fazer muita coisa ainda. Para o resto da competição, estou muito animado. Essa torcida hoje, mais do que nunca, me fez sentir a energia. Dei o meu máximo, nunca fiz tanto esforço na vida como fiz nesta prova aqui. Minha meta era bater o recorde de manhã. Fui para essa final da classe acima, incomodando muita gente nas minhas classes e na classe acima. Tudo indo bem demais – declarou Gabrielzinho.

Outros resultados da natação neste domingo

Nos 100m livre S10, Phelipe Rodrigues ficou em quarto lugar, com o tempo de 52s37. Phelipe é o atleta brasileiro em atividade com mais medalhas paralímpicas, nove, somando seis pratas e três bronzes em cinco edições dos Jogos: Pequim 2008, Londres 2012, Rio 2016, Tóquio 2021 e Paris 2024, onde ganhou a prata no dia 29 nos 50m livre, com o tempo de 23s54, atrás do australiano Thomas Gallagher (23s40). Phelipe ainda vai nadar o revezamento 4x100m livre (34 pontos) no último dia da competição, 7 de setembro.

– Eu me senti cansado – disse Phelipe, que está disputando sua última edição de Paralimpíadas da carreira: –  feliz porque nadei o meu melhor da temporada, próximo do meu melhor tempo. Arrisquei para tentar uma medalha. Mas  feliz, faz parte.

Nessa prova, o italiano Simone Barlaam, um atleta S9, com um grau de comprometimento físico-motor maior do que os S10, conseguiu uma vaga na final e terminou em quinto, batendo o recorde paralímpico S9 com o tempo de 52s43. O ouro ficou com o também italiano Stefano Raimondi (51s40) e a prata e o bronze, com os australianos Rowan Crothers (51s55) e Thomas Gallagher (51s86), respectivamente.

Nos 100m peito SB5 masculino, Roberto Alcalde Rodriguez terminou em sexto lugar, com o tempo de 1min38s85. O nadador, que já foi campeão mundial da prova, contou que teve febre pela manhã, mas conseguiu melhorar a tempo de entrar na água e competir.

Laila Suzigan também ficou em sexto nos 100m peito SB5 feminino, com o tempo de 1min53s03.

Natação com dez medalhas em quatro dias

A natação do Brasil já coleciona dez medalhas nos quatro primeiros dias de competição em Paris, sendo três de ouro, duas de prata e cinco de bronze:

Lídia Cruz é bronze nos 150m medley SM4 nas Paralimpíadas de Paris 2024 — Foto: Douglas Magno /CPB
Lídia Cruz é bronze nos 150m medley SM4 nas Paralimpíadas de Paris 2024 — Foto: Douglas Magno /CPB

  • Gabriel Araújo – 50m costas S2 🥇
  • Gabriel Araújo – 100m costas S2 🥇
  • Maria Carolina Santiago – 100m costas S2 🥇
  • Phelipe Rodrigues – 50m livre S10 🥈
  • Wendell Belarmino – 50m livre S11 🥈
  • Talisson Glock – 200m medley SM6 🥉
  • Gabriel Bandeira – 100m borboleta S14 🥉
  • Lídia Cruz – 150m medley SM4 🥉
  • Revezamento 4x50m livre misto (20 pontos) 🥉
  • Revezamento 4x100m livre misto S14 🥉

Fonte: Redação do ge — Paris, França – 01/09/2024 

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