Uma prática ilegal que já identifiquei no meu Ceará, agora, entrou na mira do Ministério Público do Trabalho (MPT), por conta de um caso investigado no Espírito Santo.
Para tentar burlar a obrigatoriedade da remuneração mínima dos profissionais de Enfermagem, hospitais, clínicas e laboratórios estão usando falsas cooperativas como intermediárias na contratação de pessoal.
“Existe um movimento que a gente entende como fraudulento que busca descaracterizar o vínculo de emprego para burlar o pagamento do piso”, pontua a procuradora do MPT Carolina de Prá Camporez Buarque.
Atualmente, Carolina Camporez investiga o modelo de contratação adotado por um hospital em Vargem Alta, na Região Serrana do Espírito Santo, que utilizava uma falsa cooperativa para admitir enfermeiros e técnicos de enfermagem. O modelo fraudulento tem ramificações em todo o país.
Ela conta que uma das estratégias é abrir uma empresa e colocar todos os enfermeiros e técnicos como sócios, pois quem é dono não faz jus ao piso. “Às vezes, o trabalhador nem sabe. Mas, na verdade, eles são empregados contratados por empresa interposta de fachada para burlar o piso da categoria e toda a gama de direitos da enfermagem”, observa.
Na prática, os profissionais de Enfermagem são vítimas de um modelo que se aproveita da necessidade imediata de trabalho e oferece condições que não atendem ao que seria minimamente digno e seguro.
ESTAMOS DE OLHO! Se você ou algum colega está passando por isso, DENUNCIE! Tenho certeza que, mais cedo ou mais tarde, todos os responsáveis por essas fraudes vão pagar.
Fonte: Enfermeira Ana Paula, Facebook – 30/12/2025
