terça-feira, novembro 4, 2025
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Os criminosos receberam dinheiro pela série “Tremembé”? Entenda

Estreia da série gerou polêmica nas redes sociais, com dúvidas sobre se os envolvidos nos crimes retratados lucraram com a produção

A estreia da série Tremembé no Prime Video, na última sexta-feira (31), gerou grande repercussão nas redes sociais, com muitos internautas questionando se os criminosos retratados na produção receberam algum tipo de remuneração pela exibição das histórias. A série, que aborda casos de grande repercussão no Brasil, como o de Suzane von Richthofen, Elize Matsunaga e o casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, trouxe à tona um debate sobre a exploração midiática de crimes.

Em resposta a esses questionamentos, os atores do elenco da série se falaram sobre o assunto durante participação no podcast “OdeioCinema”, que foi ao ar no domingo (02). Kelner Macêdo, que interpreta Christian Cravinhos, e Letícia Rodrigues, que vive Sandrão, esclareceram de forma direta que “não, os condenados não recebem nada em nenhum momento que eles são mencionados” na produção.

Segundo os atores, a produção se baseia exclusivamente em fatos públicos, que são acessíveis a qualquer pessoa. Por conta disso, não há qualquer compensação financeira para os condenados, mesmo que os crimes e histórias deles sejam retratados na trama. Com a explicação, eles buscaram esclarecer um ponto crucial para a audiência que questionava a ética e a legalidade da produção ao utilizar nomes e imagens de pessoas condenadas por crimes de grande notoriedade no Brasil.

Fatos públicos e direitos autorais

O debate em torno da possível remuneração aos envolvidos na série é baseado na premissa de que, no Brasil, fatos amplamente conhecidos e já julgados não geram direitos autorais ou financeiros para os retratados. Os atores de Tremembé reforçaram que a produção segue as diretrizes legais e jornalísticas que regem o uso de informações públicas. “São obras, não são fatos que estão nos altos do Ministério Público para todo cidadão que quiser investigar e ter acesso”, afirmou Kelner Macêdo durante o podcast.

A explicação deles destaca ainda que a série retrata casos de grande repercussão, como o assassinato dos pais de Suzane von Richthofen, o caso Elize Matsunaga e o homicídio das crianças do casal Nardoni, todos amplamente divulgados pela mídia e já resolvidos judicialmente. De acordo com a legislação brasileira, a utilização desses eventos como base para produções cinematográficas ou televisivas não exige permissão dos envolvidos, tampouco gera qualquer tipo de remuneração.

Além disso, a produção de Tremembé segue um padrão jornalístico, no qual o foco é contar as histórias e os desdobramentos desses crimes, sem alterar ou distorcer os fatos. Isso significa que a obra se baseia em informações públicas, de fácil acesso para qualquer cidadão, sem qualquer vínculo financeiro com os réus ou familiares deles, cumprindo os critérios legais exigidos pela legislação brasileira.

Grande repercussão nas redes sociais

Apesar dos esclarecimentos dados pelo elenco, a série segue gerando discussões nas redes sociais. Muitos internautas ainda questionam a ética de retratar figuras condenadas por crimes tão graves e o impacto que isso pode ter sobre as vítimas e as famílias delas. Por outro lado, outros defendem que essas histórias precisam ser contadas para que a sociedade tenha uma compreensão mais profunda dos casos que marcaram o país.

Independentemente da opinião pública, os produtores e os atores de Tremembé mantêm que a série segue estritamente as normas legais e respeita os direitos dos envolvidos. Segundo eles, a intenção não é lucrar com a dor ou sofrimento das vítimas, mas sim apresentar uma visão detalhada de acontecimentos que, por serem de interesse público, podem ser abordados de maneira jornalística.

Fonte: Júlia Marques, Terra – 03/11/2025

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