quarta-feira, setembro 24, 2025
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PEC da Blindagem é ‘golpe fatal’ na legitimidade do Congresso e ‘abrigo para criminoso’, diz relator no parecer pela rejeição

Senador Alessandro Vieira já havia informado na semana passada que recomendaria a rejeição da PEC. Proposta, aprovada pela Câmara, aumenta a proteção judicial de parlamentares contra investigações.

O senador Alessandro Vieira (MDB-SE) finalizou seu parecer pela rejeição da proposta de emenda à Constituição (PEC) da Blindagem,. Em seu texto, Vieira — relator do tema na Comissão de Constituição e Justiça do Senado — afirma que a PEC é um “golpe fatal” na legitimidade do Congresso.

O senador já havia adiantado que seu parecer seria pela rejeição da proposta.

Aprovada pela Câmara, a PEC da Blindagem aumenta a proteção judicial para parlamentares — como votação secreta para autorizar prisões determinadas pela Justiça.

A expectativa é que a PEC seja rejeitada na CCJ e depois também no plenário do Senado.

‘Abrigo para criminosos’

No relatório, Alessandro Vieira afirma que a PEC, apresentada como instrumento de defesa do Parlamento, representa um risco à legitimidade do Legislativo e seria um “abrigo para criminosos”:

“A PEC que formalmente aponta ser um instrumento de defesa do Parlamento é na verdade um golpe fatal na sua legitimidade, posto que configura portas abertas para a transformação do Legislativo em abrigo seguro para criminosos de todos os tipos”, afirmou .

Ele disse ainda que a PEC visava proteger “interesses escusos”.

Trata-se do chamado desvio de finalidade, patente no presente caso, uma vez que o real objetivo da proposta não é o interesse público – e tampouco a proteção do exercício da atividade parlamentar –, mas sim os anseios escusos de figuras públicas que pretendem impedir ou, ao menos, retardar, investigações criminais que possam vir a prejudicá-los.”

Retorno à impunidade

O senador também critica o que considera um retrocesso institucional:

“Retornar à imunidade processual existente anteriormente à Emenda Constitucional nº 35, de 2001, representa, assim, permitir a impunidade de Deputados, Senadores, presidentes de partidos e, por simetria, Deputados Estaduais e Distritais, o que, certamente, se choca com o interesse público.”

Segundo Vieira, não se pode confundir prerrogativas parlamentares com proteção a quem comete crimes.

Parecer contrário

O relator conclui recomendando a rejeição da PEC:

“A sociedade brasileira grita em sentido diametralmente oposto, ou seja, ela almeja o fim da impunidade, como as amplas manifestações públicas sinalizaram no último domingo.”

Com isso, Alessandro Vieira vota pela inconstitucionalidade, injuridicidade e rejeição da PEC da Blindagem.

Fonte: Gioconda Brasil, TV Globo — Brasília – 23/09/2025 

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