Explosão foi registrada em Kutimarca, mas não deixou feridos; no domingo (17), entretanto, o candidato da esquerda, Andrónico Rodríguez, foi atacado por pedras após votar.
Uma explosão foi registrada perto de uma seção eleitoral na comunidade de Kutimarca, em Cochabamba, na Bolívia. O caso ocorreu neste sábado (16), segundo a imprensa local.
“O Tribunal Eleitoral Departamental entrou em contato telefônico com as autoridades locais para verificar se há garantias para instalar a seção eleitoral no domingo”, afirmou ontem o ministro de governo, Roberto Ríos.
Por volta das 5h40, equipes do Tribunal Eleitoral Departamental, acompanhadas por militares, chegaram ao local para monitorar o processo, informou Edson Claure, comandante departamental da Polícia. Ele também confirmou que não houve feridos no ataque ontem.
O artefato foi detonado enquanto autoridades transportavam a mala eleitoral para o local de votação, próximo ao ponto da explosão.
Neste domingo (17), no entanto, o presidente do Senado e candidato da esquerda à presidência, Andrónico Rodríguez, foi recebido por uma chuva de pedras arremessadas por pessoas que acompanhavam a votação.
Segundo a agência EFE, o ataque aconteceu depois de o senador votar, quando tentava dar declarações à imprensa. Diante da hostilidade, Rodríguez decidiu não comentar o episódio e deixou rapidamente o recinto. O carro que o aguardava na saída também foi atingido por pedras, enquanto parte da multidão o insultava com gritos de “traidor”.
Eleições na Bolívia
Afetados por uma profunda crise econômica, os bolivianos se preparam para dar uma guinada radical à direita na eleição presidencial deste domingo (17).
Segundo as principais projeções, o país deve eleger um candidato da direita após 20 anos de domínio do Movimento ao Socialismo (MAS), liderado por Evo Morales, no poder, de acordo com a agência France Press.
O empresário milionário Samuel Doria Medina, de 66 anos, e o ex-presidente Jorge Quiroga, de 65 anos, lideram as pesquisas de intenção de voto entre os oito candidatos e devem disputar o segundo turno em 19 de outubro.
Medina concorre pela Aliança Unidade Nacional, e Quiroga, pela Aliança Livre, ambos partidos direitistas. Os dois opositores do atual governo prometem o fim do modelo econômico estatal imposto pelo MAS.
O país de 11,3 milhões de habitantes, com forte influência indígena e rico em lítio, comparece às urnas em um cenário de escassez de dólares, combustíveis e alimentos. A inflação acumulada do último ano está próxima de 25%, a mais elevada desde 2008.
A maioria da população atribui a crise ao governo impopular do presidente Luis Arce.
*Com informações da agência EFE.
Fonte: Redação g1 – 17/08/2025