quarta-feira, setembro 17, 2025
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‘Precisamos urgentemente rearmar a Europa’, diz presidente da Comissão Europeia

Ursula von der Leyen reafirmou importância de aumentar gastos em Defesa entre os países da União Europeia após cúpula neste domingo para discutir apoio à Ucrânia.

“Precisamos urgentemente rearmar a Europa.”

Esse foi o tom adotado pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, após a cúpula entre líderes europeus neste domingo (2), que teve como tema o apoio à Ucrânia em meio à guerra contra a Rússia.

Ursula reiterou a importância dos países da União Europeia aumentarem os gastos com defesa. Afirmou ainda que a Europa também precisa mostrar aos Estados Unidos estar pronta para defender a democracia.

“Todos entendemos que, após um longo período de subinvestimento, agora é de extrema importância aumentar o investimento em defesa por um período prolongado. Faremos isso pela segurança da União Europeia. (…) Os Estados-membros precisam de mais espaço fiscal para intensificar os gastos com defesa. (…) Temos que nos preparar para o pior e, portanto, aumentar os gastos”, disse Ursula à imprensa após a reunião em Londres.

A reunião, liderada pelo primeiro-ministro britânico Keir Starmer, ocorreu dias após o bate-boca entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na Casa Branca na sexta-feira. A discussão piorou ainda mais a relação entre EUA e Ucrânia, abalada desde que Trump retornou à Casa Branca em janeiro —durante o governo Biden, os EUA foram um dos maiores doadores de ajuda financeira e militar aos ucranianos contra a invasão russa.

O encontro dos europeus, agendado antes da discussão entre Trump e Zelensky, ocorre também em meio a um desinvestimento dos EUA na Europa no governo Trump. O presidente americano exigiu que os países da Otan aumentassem os gastos em defesa para 3% do PIB e abriu a possibilidade dos EUA não serem mais o principal agente para garantir a segurança da Europa, como ocorre desde o fim da 2ª Guerra Mundial.

Em coletiva após o encontro, Starmer afirmou que foi criada uma “coalizão dos dispostos” para desenvolver estratégias para garantir a segurança da Europa e da Ucrânia, mas não disse quais países estão envolvidos. O premiê britânico também reiterou que qualquer paz duradoura na Ucrânia precisa assegurar a soberania e a segurança do país de Zelensky, e demonstrou segurança em conseguir articular isso com Trump.

Starmer também disse que, no caso de um acordo de cessar-fogo na guerra entre a Ucrânia e a Rússia, Reino Unido está pronto para contribuir com o envio de tropas e apoio aéreo para reforçar as defesas do país e garantir a paz no território.

Mais cedo neste domingo, Keir Starmer afirmou em entrevista à rede britânica “BBC” que o Reino Unido, a França e a Ucrânia trabalharão juntos para elaborar um plano de cessar-fogo na guerra contra a Rússia, que será apresentado aos EUA quando ficar pronto. (Leia mais abaixo)

Durante a reunião, Starmer disse aos líderes europeus que é necessário aproveitar este “momento único de uma geração” para intensificar o apoio à Ucrânia e, consequentemente, para a segurança da Europa.

“Ainda que a Rússia fale sobre paz, eles continuam com sua agressão implacável. (…) Precisamos definir quais passos sairão desta reunião para alcançar a paz por meio da força, em benefício de todos”, afirmou.

Após a reunião, o secretário-geral da Otan, Mark Rutte, também afirmou que os países europeus concordaram em aumentar os gastos com defesa e estão “intensificando seus esforços” para oferecer garantias de segurança.

Além do premiê britânico, do Zelensky e da Ursula von der Leyen, participaram da reunião líderes da França, Alemanha, Dinamarca, Espanha, Finlândia, Itália, Holanda, Noruega, Polônia, República Tcheca, Romênia, Suécia e Turquia, além do primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau.

Reino Unido, França e Ucrânia vão trabalhar em plano de cessar-fogo

Primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, recebe presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em sua residência presidencial em Londres em 1º de março de 2025. — Foto: Peter Nicholls/Pool Photo via AP
Primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, recebe presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em sua residência presidencial em Londres em 1º de março de 2025. — Foto: Peter Nicholls/Pool Photo via AP

Reino Unido, a França e a Ucrânia concordaram em elaborar um plano de cessar-fogo na guerra para apresentar aos Estados Unidos, disse o primeiro-ministro britânico Keir Starmer neste domingo (2), antes de cúpula de líderes europeus em Londres.

“Concordamos que o Reino Unido, juntamente com a França e possivelmente mais um ou dois países, trabalhará com a Ucrânia em um plano para interromper os combates. E então discutiremos esse plano com os Estados Unidos. (…) É realmente importante mantermos nosso foco central, que é a paz duradoura na Ucrânia”, afirmou Starmer em entrevista à rede britânica BBC.

Starmer descreveu a decisão como “um passo na direção” certa após o bate-boca entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e Zelensky na Casa Branca na sexta-feira.

“Em vez de cada país da Europa avançar separadamente, o que seria bastante lento, provavelmente precisamos formar agora uma coalizão dos dispostos”, disse Starmer.

Além disso, líderes europeus se reunirão em Londres neste domingo para discutir apoio para à Ucrânia, encarado como um importante passo para avançar em direção ao final do conflito. O objetivo do encontro é discutir ajuda militar à Ucrânia e garantir a segurança dos países europeus.

Starmer também afirmou à BBC que está focado em atuar como um mediador para restaurar as negociações de paz e criar uma nova oportunidade de aproximação entre Trump, Zelensky e o presidente francês, Emmanuel Macron, em vez de “aumentar a retórica”. Starmer e Macron conversaram novamente com Trump após o bate-boca de sexta-feira.

O premiê britânico também disse à BBC que “a relação entre os EUA e o Reino Unido é a mais próxima entre dois países no mundo”, e por isso acredita que os EUA trabalharão junto com o Reino Unido para um cessar-fogo na guerra da Ucrânia caso os europeus forneçam garantias de segurança aos ucranianos.

Fonte: Artur Alvarez, g1 – 02/03/2025

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