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Quem é Mozart Sales, secretário do Ministério da Saúde que teve o visto revogado pelos EUA

Revogação do visto foi anunciada pelo secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio. Ele disse que Mozart participou dos Mais Médicos e que o programa financiou a ditadura cubana.

O governo dos Estados Unidos anunciou nesta quarta-feira (13) a revogação do visto americano de Mozart Júlio Tabosa Sales, atual secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, e de Alberto Kleiman, ex-funcionário do governo brasileiro.

A medida, anunciada pelo secretário de Estado Marco Rubio, foi justificada pela participação de ambos na implementação do programa Mais Médicos, entre 2013 e 2018, em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e Cuba.

Os EUA disseram que o programa financiava a ditadura cubana.

Médico e gestor público

Mozart Sales é médico formado pela Universidade de Pernambuco, com residência em Clínica Médica, especialização em Medicina Legal e doutorado em Saúde Integral pelo Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip).

Servidor concursado do Hospital Universitário Oswaldo Cruz desde 1999, também é médico legista do Instituto de Medicina Legal de Pernambuco.

Na vida pública, foi vereador do Recife entre 2004 e 2008 e presidente da Comissão de Saúde da Câmara Municipal. No governo federal, ocupou cargos como assessor e chefe de gabinete no Ministério da Saúde e, entre 2012 e 2014, foi secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde.

Nesse período, participou da criação do programa Mais Médicos, lançado no governo Dilma Rousseff.

Acusação dos EUA

O Departamento de Estado americano alega que Mozart e Alberto Kleiman, então assessor de Assuntos Internacionais da pasta, teriam usado a Opas como intermediária para contratar médicos cubanos “sem seguir requisitos constitucionais brasileiros”, driblando sanções dos EUA a Cuba e repassando ao governo cubano valores devidos aos profissionais. O comunicado afirma que o esquema “enriqueceu o regime cubano” e privou a população de cuidados médicos essenciais.

A decisão integra uma série de medidas recentes do governo Trump contra o Brasil, que incluem um tarifaço sobre produtos brasileiros, sanções contra o ministro do STF Alexandre de Moraes e revogação de vistos de outros magistrados e autoridades.

Mais Médicos

Criado em 2013, o programa tinha como objetivo ampliar a presença de médicos em áreas carentes, como periferias e municípios do interior. A participação de Cuba foi encerrada em 2018, durante o governo Jair Bolsonaro, após decisão de Havana. Relançado em 2023, conta atualmente com cerca de 24,7 mil médicos em 4,2 mil municípios.

Fonte: Nathalia Sarmento, g1 — Brasília – 13/08/2025 

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