terça-feira, setembro 16, 2025
InícioMUNDOSaída para o Hezbollah após assassinato de Nasrallah passa pelo Irã

Saída para o Hezbollah após assassinato de Nasrallah passa pelo Irã

Regime teocrático enfrenta dilema para responder à morte de seu principal aliado na região.

assassinato do líder do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, numa operação denominada “Nova Ordem” pelas Forças de Defesa de Israel marca, em princípio, a desordem no equilíbrio de forças que conduziam o Oriente Médio, com consequências imprevisíveis. Todas as atenções pairam agora na resposta do Irã, o financiador da milícia xiita do Líbano, que perdeu seu maior aliado na região — um comandante e guia religioso, com laços estreitos com o líder supremo, aiatolá Ali Khamenei.

Hezbollah sobreviverá e Nasrallah será substituído, assim como ele próprio assumiu, há três décadas, o lugar de Abbas al-Musavi, então secretário-geral do Hezbollah, também assassinado por Israel. A estrutura da organização, contudo, foi debilitada nos últimos dez dias com a série de assassinatos seletivos em seu comando e a detonação coordenada de pagers e walkie-talkies usados para a comunicação.

Num indício de que se fragilizou, o Hezbollah se mostrou hesitante em responder à ofensiva perpetrada por Israel, apesar de ainda reter uma capacidade significativa de seu arsenal. Isso fortaleceu Netanyahu e seus militares a uma escalada no conflito que, com a eliminação de Nasrallah, rompeu o status quo regional e avançou nas chamadas linhas vermelhas.

O primeiro-ministro israelense deixou claro, num pronunciamento à nação, que o trabalho não foi concluído com o assassinato do líder do Hezbollah. E, como fez na véspera em seu discurso na Assembleia Geral da ONU, mandou um recado direto ao Irã: “Aqueles que nos atacam, nós os atacamos. Não há lugar no Irã ou no Oriente Médio que o longo braço de Israel não possa alcançar.”

A saída para a reestruturação da milícia xiita passa pelo Irã, assim como a vingança à morte de seu líder. A escalada no conflito joga o regime num dilema para manter a credibilidade como ator essencial na região: apoiar o Hezbollah, com ataques a Israel por meio de seus aliados leais do chamado “eixo da resistência” na Síria, no Iraque e no Iêmen, ou envolver-se diretamente na resposta e ser arrastado para uma guerra com seu arqui-inimigo.

Até agora, o Irã demonstrou não ter interesse em entrar numa guerra aberta com Israel e, em última análise, com os EUA. Prova disso é que o regime não buscou vingar o assassinato do chefe político do Hamas, Ismail Haniyeh, em solo iraniano e atribuído a Israel. A dúvida é se a morte de Nasrallah rompeu essa barreira.

Fonte: g1, Sandra Cohen – 29/09/2024 

COMPARTILHE

Saronita Miranda quaresma dd Almeida on Concurso Nacional Unificado abre 508 vagas para nível médio

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

POSTS RELACIONADOS
- Publicidade -
Cigana das 7

Mais Populares