quarta-feira, maio 21, 2025
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Rússia usa Brasil como ‘linha de montagem’ de espiões, diz jornal

Investigação do jornal ‘The New York Times’ identificou que Kremlin envia cidadãos russos ao Brasil, onde adquirem identidades falsas enquanto treinam para servir como agentes de espionagem em outros lugares do mundo.

O governo da Rússia vem usando o Brasil como plataforma para formar seus próprios espiões, que, depois, são enviados para outros lugares no mundo, de acordo com uma reportagem publicada nesta quarta-feira (21) no jornal americano “The New York Times”.

Uma investigação própria do jornal identificou uma série de cidadãos russos que foram ao Brasil para forjar outra identidade enquanto se formavam como espiões. Posteriormente, os agentes do Kremlin formados na “linha de montagem” em território brasileiro vêm sendo enviados para outros países para serviços de espionagem.

Em janeiro de 2024, uma reportagem do Fantástico revelou que um suposto espião russo preso no Brasil recebia dinheiro de funcionários da Embaixada da Rússia no Brasil.

Faz parte do esquema, segundo a investigação conduzida pelo “The New York Times”, que os espiões se “camuflem” em cidades do Brasil e se “tornem” brasileiros, construindo uma identidade e reputação que não gerasse questionamentos.

Dessa forma, os agentes secretos passam a viajar para os Estados Unidos ou países na Europa e Oriente Médico como se fossem brasileiros.

Entre casos concretos citados pelo jornal norte-americano, estão o de um cidadão russo que abriu uma loja de jóias em uma cidade brasileira e o de um pesquisador preso na Noruega que dizia ser do Brasil e apresentou passaporte brasileiro ao entrar no país europeu em 2022.

A polícia local afirmou, na ocasião, que se tratava de um espião russo.

Sergey Vladimirovich Cherkasov se apresentava como Victor Muller Ferreira e havia se candidatado a posto de estágio não remunerado no Tribunal Penal Internacional. Ele é suspeito de ser espião russo.  — Foto: Departamento de Justiça dos Estados Unidos/ Reprodução
Sergey Vladimirovich Cherkasov se apresentava como Victor Muller Ferreira e havia se candidatado a posto de estágio não remunerado no Tribunal Penal Internacional. Ele é suspeito de ser espião russo. — Foto: Departamento de Justiça dos Estados Unidos/ Reprodução

Um dos casos citados pela reportagem do The New York Times é o do Sergey Cherkasov, que foi contado pelo Fantástico em janeiro de 2024.

Cherkasov, cidadão russo, foi preso no Brasil por uso de documentos brasileiros falsos e suspeito de espionagem. Segundo a investigação da Polícia Federal sobre o caso à época, que o Fantástico teve acesso, Cherkasov recebia ajuda de um funcionário da diplomacia russa no Brasil.

Fonte: Redação g1 – 21/05/2025

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